Com aval de Petro, USA avança com domínio imperialista na Colômbia

Projeto financiado pelo USA planeja construir um píer de 170 metros, uma torre com um radar de vigilância no ponto mais alto da ilha, um tanque para armazenar 5 mil galões de combustível e 3 prédios para abrigar os soldados e o alto comando do Exército

Com aval de Petro, USA avança com domínio imperialista na Colômbia

Projeto financiado pelo USA planeja construir um píer de 170 metros, uma torre com um radar de vigilância no ponto mais alto da ilha, um tanque para armazenar 5 mil galões de combustível e 3 prédios para abrigar os soldados e o alto comando do Exército
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Nota da Redação: Reproduzimos abaixo um artigo publicado no portal de notícias colombiano Nueva Democracia sobre o avanço do domínio imperialista norte-americano na Colômbia a partir de um projeto, financiado pelo USA, de instalação de uma subestação da guarda costeira na ilha de Gorgona.


O Plano Colômbia trouxe consigo para as massas do nosso país o maior número de deslocados de toda a história, uma feroz repressão ao movimento popular e estudantil, um aumento dos massacres contra as massas e um grande fortalecimento do paramilitarismo.

Desde o governo de Juan Manuel Santos, em 2015, uma série de licenças e construções avançaram na ilha de Gorgona, no município de Guapi, departamento de Cauca, para construir uma subestação da guarda costeira financiada pelo Gabinete de Assuntos Internacionais de Aplicação da Lei e Narcóticos do Estados Unidos. A desculpa histórica do imperialismo ianque para obter um maior controlo militar da nossa Nação é a guerra contra o tráfico de drogas. Usaram a mesma justificativa em 1999 com a implementação do Plano Colômbia, que implicou um financiamento de mais de 10 biliões de dólares, o maior apoio financeiro militar depois do concedido a Israel.

A ilha tem uma posição geoestratégica fundamental, servindo durante grande parte do século passado como zona de comércio e abastecimento entre o Panamá e o Peru. Ainda assim, os militares ianques afirmam que é necessário controlar a ilha porque 37% dos carregamentos anuais de coca passam por ela.

Eles planejam construir um píer de 170 metros, uma torre com um radar de vigilância no ponto mais alto da ilha, um tanque para armazenar 5 mil galões de combustível e 3 prédios para abrigar os soldados e o alto comando do Exército. Em 2019, eles concluíram a construção da torre de vigilância e, em 2022, após a posse do governo de Petro, iniciaram a construção dos prédios e do tanque de combustível.

As comunidades indígenas de Guapi se mobilizaram desde 2015 contra esse projeto porque ele representava uma grande ameaça ecológica para a grande biodiversidade que existe na ilha e, nesse sentido, para o trabalho da população da zona, cuja maioria se dedica à pesca. Além disso, as comunidades alertaram sobre um possível deslocamento desse setor com a desculpa da segurança militar estratégica do Estados Unidos; foi o que aconteceu no dia 2 de outubro, quando, enquanto a ilha estava fechada e em quarentena por causa de uma suposta gripe aviária, um helicóptero aterrissou de surporesa com uma equipe do USA, o comandante da guarda costeira Javier Bermúdez e o chefe do Parque Nacional Gorgona, que permaneceram por quatro horas na ilha e analisaram as construções realizadas. Essa denúncia foi feita por organizações de Guapi e Bazan.

Esse é o caráter lacaio do governo oportunista que serve como colaborador do imperialismo norte-americano para desenvolver, fortalecer e concretizar seus planos de maior controle de nosso país, fortalecendo o caráter semicolonial de nossa sociedade e aprofundando a repressão, o deslocamento e o sofrimento das massas nas áreas onde o exército norte-americano desenvolve seus planos reacionários.

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
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