DF: Estudantes e trabalhadores promovem cinedebate na UnB para denunciar os 60 anos do golpe militar

Evento foi organizado pelo Comitê de Apoio ao AND do DF e pelo Coletivo de Base Honestino Guimarães (CB-HG).

DF: Estudantes e trabalhadores promovem cinedebate na UnB para denunciar os 60 anos do golpe militar

Evento foi organizado pelo Comitê de Apoio ao AND do DF e pelo Coletivo de Base Honestino Guimarães (CB-HG).
Print Friendly, PDF & Email

No dia 9 de abril, o Comitê de Apoio ao Jornal A Nova Democracia – Brasília (DF), em conjunto com o Coletivo de Base – Honestino Guimarães (CB-HG) realizaram um Cine debate do documentário “Barra 68 – Sem Perder a Ternura”. O evento teve como título CINE DEBATE: 60 ANOS DO GOLPE MILITAR: Nem esquecer, nem apaziguar! Condenar o Golpe Militar ontem e hoje!.

O Cine debate foi realizado no Centro Acadêmico de Geografia (Cagea) da Universidade de Brasília (UnB), comparecendo ativistas, professores, e estudantes secundaristas e universitários. A data do dia 9 de abril foi escolhida por três motivos: marca os 60 anos da primeira invasão da UnB por parte dos militares em 1964; a promulgação do Ato Institucional nº 1 (AI-1) em 1964; e o Dia dos Heróis e Heroínas do Povo Brasileiro.

Dessa forma, o cine debate buscou não apenas denunciar o golpismo de ontem e hoje, mas lembrar e saudar a memória daqueles que tombaram na luta contra o golpismo em 1964 e aqueles que foram perseguidos e mortos após a falsa democratização do país, lutando por uma nova e verdadeira democracia. 

Em fala, a representante do comitê local do jornal A Nova Democracia relembrou o importante papel da juventude na luta contra o regime militar. Recordou também que aqueles revolucionários não lutavam simplesmente por esse republicanismo dos ricos e latifundiários, vigente atualmente no Brasil, mas sim por um verdadeiro movimento revolucionário. Tratou também de Honestino Guimarães, desaparecido durante o regime militar fascista, e um verdadeiro revolucionário cuja imagem é hoje traficada por movimentos oportunistas, que usam de seu heroísmo, fingindo defender os mesmos ideais que ele, para pautar o imobilismo e o governismo no seio dos movimentos sociais, principalmente estudantis. 

Já o representante do CB-HG tratou do golpismo de hoje, e de sua semelhança com o período de 1964, na qual o movimento camponês se encontrava em constante fortalecimento, e o governo de turno confiava nos generais tidos como legalistas, acreditando ser possível impedir o golpe. Muito ao contrário, o golpe de 1964 foi dentro da tão apregoada “quatro linhas da constituição”, só para depois alterarem a forma de governo, o que faz cair por terra a ideia de que a decisão do STF quanto ao artigo 142 muda algo de fato na política atual, quando as forças armadas mantém o monopólio das armas.

Afirmou ainda que, ao contrário do que se coloca hoje, o contrário do golpismo militar não é esta falsa democracia e a cessão contínua aos generais golpistas e ao latifúndio e imperialismo, mas o movimento revolucionário popular, que está em plena construção nos dias de hoje com o aumento constante e diário da luta das massas.

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
Agora, mais do que nunca, AND precisa do seu apoio. Assine o nosso Catarse, de acordo com sua possibilidade, e receba em troca recompensas e vantagens exclusivas.

Quero apoiar mensalmente!

Temas relacionados:

Matérias recentes: