‘Ele queria fazer um massacre’: parente de trabalhador assassinado denuncia PM de Catuípe (RS)

No dia 21/04, o policial militar do Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM) Joel Callegari feriu o caminhoneiro Gilvane Pinto, de 41 anos, a tiros em Catuípe, no noroeste do Rio Grande do Sul. Os tiros acertaram Gilvane na cabeça e no ombro, e o trabalhador veio a falecer no dia 27/04.
Trabalhador Gilvane morreu no dia 28/04, seis dias após ser atingido por um policial que invadiu sua casa. Foto: Reprodução

‘Ele queria fazer um massacre’: parente de trabalhador assassinado denuncia PM de Catuípe (RS)

No dia 21/04, o policial militar do Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM) Joel Callegari feriu o caminhoneiro Gilvane Pinto, de 41 anos, a tiros em Catuípe, no noroeste do Rio Grande do Sul. Os tiros acertaram Gilvane na cabeça e no ombro, e o trabalhador veio a falecer no dia 27/04.

No dia 21/04, o policial militar do Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM) Joel Callegari feriu o caminhoneiro Gilvane Pinto, de 41 anos, a tiros em Catuípe, no noroeste do Rio Grande do Sul. Os tiros acertaram Gilvane na cabeça e no ombro, e o trabalhador veio a falecer no dia 27/04.

O AND entrou em contato com os familiares do trabalhador Gilvane, que relataram com detalhes o momento da covarde tentativa de assassinato do trabalhador.

Leia também: RS: Policial Militar atira na cabeça de trabalhador em Catuípe

PM observava a família antes de invadir residência do trabalhador

A família de Gilvane se reuniu no dia 21/04, feriado de Tiradentes, para uma pequena confraternização. Segundo relato dos familiares, o PM, que era vizinho de Gilvane, se “irritou” com o volume do aparelho de som.

No decorrer da festa, o PM se posicionou em cima do telhado de sua casa, e passou a observar a família de Gilvane enquanto tomava cerveja e fumava cigarros. 

‘Parecia um filme de terror’

Poucos minutos depois, o PM pulou o muro da casa de Gilvane, vestindo uma touca ninja e armado. Já dentro da casa do trabalhador, o PM começou a quebrar os móveis e eletrodomésticos da família com um cassetete. A família compara a cena com um “filme de terror”.

Nesse momento, Gilvane e outro familiar correram para o local e conseguiram empurrar o PM para dentro da piscina, dando tempo para que os outros parentes escapassem do assassino. À Polícia Civil (PC), o policial afirmou sem provas que Gilvane havia empunhado uma faca, versão desmentida pela família. Após cair na piscina, o PM tirou a touca ninja e disparou inúmeras vezes. Gilvane foi atingido na cabeça e no ombro.

O trabalhador foi levado em estado grave para o Hospital de Caridade de Ijuí (RS), onde faleceu seis dias depois do ataque, no dia 27/04.

Gilvane junto à sua família em uma celebração. Foto: Reprodução

Massacre era o objetivo

O parente do trabalhador afirma que, logo após os disparos, o policial adentrou a casa novamente e começou a se movimentar com passos leves, procurando as mulheres e crianças que haviam se escondido, dizendo: “Cadê vocês? Venham aqui, vamos conversar”. “Ele queria acabar matando todos. Ele queria fazer um massacre”, afirma o familiar da vítima.

No dia 26/04, o PM foi preso em Santo Ângelo (RS), após decisão da Justiça pela decretação da prisão preventiva. O policial foi encaminhado ao Batalhão de Policiamento de Guarda da Brigada Militar em Porto Alegre (RS).

Leia também: Entrevista com Dilmar Machado, irmão de Rudimar Machado, operário assassinado pela Polícia Militar em Erechim (RS)

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