“A Internacional ressoa em todo o mundo”

“A Internacional ressoa em todo o mundo”

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Como parte da celebração dos 151 anos da Comuna de Paris, publicamos uma tradução adaptada de um cartaz comemorativo sobre o comunista Eugene Pottier e seu mais célebre poema, A Internacional. O cartaz, intitulado A Internacional ressoa em todo o mundo, foi produzido na China Popular em 1973, com pinturas de Pan Honghai.

 

  

1. A famosa Internacional foi produzida no contexto da luta dos combatentes de vanguarda da Comuna de Paris para estabelecer o primeiro regime proletário da história. Em sua letra, se propaga a grande verdade de que as massas são criadoras da história. O seu letrista, Eugene Pottier, nasceu de uma família operária pobre em Paris, França, em 4 de outubro de 1816. Lenin destacou: “foi um dos maiores propagandistas através da canção”.

 

2. Pottier passou fome e não pôde ir à escola quando criança, trabalhou como aprendiz aos treze anos e sustentou-se trabalhando com fabricação de caixas de embalagem e como gravador de padrões de tecido. Aos catorze anos escreveu seu primeiro poema: Liberdade.

 

3. Vivendo junto a seus irmãos operários, Pottier compreendeu profundamente a dor da opressão e da exploração da classe e dedicou-se à causa da libertação do proletariado. Em 1848, como combatente nas barricadas, participou da insurreição operária contra a burguesia e usou de sua poesia para refletir a luta revolucionária francesa.

 

4. Em 18 de março de 1871, o proletariado e o povo trabalhador insurgiu-se em armas em Paris, França. Pottier estava na vanguarda da luta, ao lado dos operários parisienses pelo estabelecimento do primeiro regime proletário do mundo, a Comuna de Paris.

 

5. Pottier foi eleito membro da Comuna de Paris. Dos 3.600 votos, 3.352 foram para ele. Participou ativamente de todas as demandas deste primeiro regime proletário. No percurso da luta, rapidamente se forjou num soldado revolucionário proletário.

 

6. O exército reacionário francês conspirou com a reação estrangeira numa investida contra a Comuna de Paris. Na batalha para defender a Comuna em maio de 1871, Pottier pegou resolutamente em armas e travou batalhas sangrentas para defender o poder proletário.

 

7. Após a derrota da Comuna, Pottier passou à clandestinidade e se escondeu num bairro proletário perto de Paris. Cheio de sentimentos contraditórios, com o sangue fervendo e pleno de convicção na vitória da causa da libertação do proletariado, ele escreveu o grande poema A Internacional, meio à luta pela realização do elevado ideal comunista, utilizando-se duma linguagem poderosa e retumbante.

 

8. Pottier foi forçado ao exílio, durante o qual escreveu muitos poemas famosos. Nove anos depois, retornou à França e imediatamente se filiou ao Partido Operário. Em 1887, publicou uma coleção de poemas intitulada Canções Revolucionárias.

 

9. Em 6 de novembro de 1887, Pottier morreu, na pobreza. Os operários de Paris levaram as suas cinzas ao cemitério do Père-Lachaise, onde foram enterradas junto aos restos mortais de outros communards, que morreram heroicamente. Milhares estavam presentes no cortejo, apesar do acossamento policial, entoando “Viva Pottier”!

 

10. Dezessete anos depois, o operário Pierre Degeyter, partidário da Comuna de Paris, leu sua coleção de poemas e, em ardor revolucionário, emocionado pelo espírito da Internacional, compôs a música para acompanhar o poema de Pottier.

 

11. Em 1896, o Partido Socialista Operário Francês realizou um congresso nacional em Lille. Na assembleia para recepção das delegações estrangeiras, o governo reacionário contratou capangas para que criassem distúrbios no encontro. Durante o confrontamento, os operários ali presentes cantaram “A Internacional” à plenos pulmões. Mais tarde, A Internacional rapidamente começou a ser entoada em outras regiões.

 

12. Durante um século, A Internacional tem difundido a verdade revolucionária do proletariado em todo o planeta com seu canto majestoso e solene, se tornando a “canção do proletariado em todo o mundo”, uma canção revolucionária de combate pela unidade das forças revolucionárias por “uma terra sem amos”.

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
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