BA: Trabalhadores da Educação da Bahia fazem paralisação exigindo pagamento do Piso Salarial 

Os protestos reuniram professores de mais de 250 municípios do Estado que denunciaram as condições de trabalho nas escolas através de faixas e cartazes.

BA: Trabalhadores da Educação da Bahia fazem paralisação exigindo pagamento do Piso Salarial 

Os protestos reuniram professores de mais de 250 municípios do Estado que denunciaram as condições de trabalho nas escolas através de faixas e cartazes.
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Na última quarta-feira, dia 13 de março, centenas de trabalhadores da rede estadual e municipal da Bahia realizaram uma série de protestos e agitaram o Centro Administrativo da Bahia (CAB) exigindo o pagamento do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN), valorização dos profissionais da educação, melhores condições de trabalho, realização de concurso público e a revogação da portaria Nº 190/2024, chamada de “portaria da aprovação em massa”

Os professores realizaram ao todo três atos que se iniciaram por volta das 9 horas no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), percorrendo o interior do CAB até a Secretaria Estadual de Educação (SEC) e encerram com um ato em frente à União das Prefeituras da Bahia (UPB). Os protestos reuniram professores de mais de 250 municípios do Estado que denunciaram as condições de trabalho nas escolas através de faixas e cartazes que exigiam: Climatização, já!, Convocação, já!, Cumprimento do piso já!. 

Os protestos realizados no dia 13/03 foram precedidos por uma série de mobilizações dos professores da Rede Municipal de Salvador. Em “estado de greve” desde o dia 05/03, os profissionais da educação municipal, na manhã do dia 07/03, paralisaram as atividades e protestaram em frente à Secretaria Municipal de Educação (SMED). No dia 12 do mesmo mês os trabalhadores voltam a cruzar os braços e protestam no centro de Salvador, percorrendo do Campo Grande até a prefeitura. Durante toda essa jornada de luta, os trabalhadores levantaram suas consignas pelo pagamento do Piso Salarial e por melhores condições de trabalho.

As mobilizações ocorreram no cenário do aprofundamento do sucateamento da educação que reflete na defasagem do pagamento do salário dos professores. É nessa realidade que os professores do município de Salvador amargam há 12 anos sem que o executivo municipal cumpra com o Piso Salarial Nacional (R$ 4.580,57), resultando em uma perda de 60,99% em relação ao Piso de Vencimento atual dos profissionais (R$ 2.845,26).

O correspondente local do AND esteve presente na manifestação do dia 13, realizando a cobertura e colhendo relatos dos educadores. 

Uma trabalhadora da Rede Municipal de Salvador denunciou a precariedade das condições em sala de aula que contam com grandes quantidades de alunos em espaços pequenos e com ventilação inadequada. A educadora prossegue ainda denunciando a falta de valorização que enfrentam os educadores: 

“É muito difícil. É a única profissão que forma todas as profissões, sofre tanto e ainda não tem reconhecimento pela gestão que está aí. É muito triste hoje ser professor no município de Salvador.”, disse a educadora.

 Denunciou ainda a falta de celeridade no Plano de saúde que obriga a muitos profissionais a buscarem outros planos ou até mesmo a abdicarem do cuidado da própria saúde.

Na Rede Estadual, a situação não é diferente. 

“O calor está insuportável. Mesmo as salas que têm ventilador, não resolve porque o calor está forte. Existem salas com ar-condicionado, mas está quebrado. Ninguém está aguentando”, disse um educador da Rede Estadual.

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