No último dia 21 de março, estudantes e professores da Universidade de Brasília (UnB), unidos na Frente de Luta pela Palestina – UnB, em conjunto com o Comitê de Solidariedade à Palestina – DF, organizaram uma mesa redonda para denunciar os crimes sionistas cometidos contra os palestinos e defender a Resistência Nacional Palestina.
O evento contou com professores da universidade e ativistas da causa palestina na mesa. Entre eles, participou o médico palestino-brasileiro Ahmad Shehada, que enfatizou em sua fala o direito dos palestinos à defesa armada de seu território e das organizações da Resistência Nacional Palestina, além de combater as alegações de terrorismo feitas contra o povo palestino por parte do imperialismo, afirmando que o próprio direito internacional garante o direito de defesa armada pelo povo que tenha seu território tomado. Já o professor Hilan Bensusan denunciou o papel do pensamento sionista na prática colonial de Israel, e, como judeu, ressaltou a importância da comunidade judaica em denunciar o sionismo
Além da mesa, foi também disponibilizado um microfone aberto para os presentes. Várias organizações deram declarações acerca do tema. Um representante Coletivo de Base – Honestino Guimarães destacou a importância de que sejam feitos eventos e atividades pelo povo palestino nas escolas e universidades, para que a juventude brasileira siga o exemplo dos jovens palestinos, que lutam com todas suas forças contra a opressão por sua libertação. Ressaltou ainda que a Resistência Nacional Palestina demonstrou a força da luta popular, que enfrentou a suposta maior defesa aérea do mundo, demonstrando que todo o imperialismo e seus lacaios são apenas colossos com pés de barro.
Outros ativistas também fizeram falas. Denunciaram os monopólios de mídia imperialista e seus ataques constantes para atacar o povo palestino e suas organizações, e defenderem o sionismo e suas práticas nefastas. Também comentaram acerca da contradição entre as falas de Luiz Inácio à favor da causa da palestina e os acordos diplomáticos mantidos com Israel, incluindo a compra de armas testadas contra os próprios palestinos, sendo necessário aos democratas brasileiros exigirem na rua o rompimento desses acordos e a expulsão de todos os agentes diplomáticos do sionismo.
Foi ainda ressaltada a semelhança entre o genocídio do povo palestino e o que sofrem aqui as populações brasileiras, especialmente as periferias, como ocorreu no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, e em São Paulo, na Baixada Santista. E nos campos, relembrando os genocídios que sofrem até hoje os povos indígenas, quilombolas, camponeses pobres e todos mais que lutam pela terra, direito que lhes é negado sob a base da bala. Ao final das falas, ativistas destacaram que o genocídio tende à gerar grande resistência das massas populares, numa luta revolucionária pelos direitos que lhes são devidos.