No dia 18 de dezembro, camponeses residentes da Comunidade Marielle Franco, localizada no Sul do Amazonas, na região de Lábrea, denunciaram novas incursões de pistoleiros e latifundiários na área que os camponeses vivem e trabalham, porém com uma novidade: agora, os grileiros estariam sendo escoltados por policiais civis à paisana, ligados a Polícia Civil do Acre.
Um dos camponeses que fez a denúncia à Revista Cenarium, filmou a incursão dos latifundiários escondido atrás de uma moita. No vídeo, o mesmo afirma: “A tarde inteira atirando, os fazendeiros e mais uns policiais (…) para intimidar as pessoas que estão quebrando castanhas em uma área que é devoluta da União e eles [os grileiros] querem ficar para eles”.
O camponês afirma ainda o seguinte: “A comunidade aqui, de nome Marielle Franco, é em homenagem a vereadora do Rio que foi morta pela milícia, a mesma milícia que existe em todo o canto. Lá no Rio é no tráfico, aqui é com os fazendeiros junto com os empresários, é pra eles que a polícia trabalha”, disse se referindo aos grupos paramilitares de pistoleiros.
A Comunidade em questão, que é palco de conflitos há décadas, já havia sido alvo de ataques mais intensos nas últimas semanas, onde os pistoleiros chegaram a disparar armas de fogo contra os camponeses em uma tentativa de expulsá-los da terra.