Imperialismo ianque provoca tensões no Mar do Sul da China

Imperialismo ianque provoca tensões no Mar do Sul da China

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Reproduzimos, abaixo, uma matéria do portal de notícias “O Arauto Vermelho” (The Red Herald) sobre os recentes desenvolvimentos militares no Mar do Sul da China.


Sob a supervisão do Estados Unidos (USA), a Austrália e o governo das Filipinas estão realizando exercícios militares nas águas do Mar do Sul da China. Águas que são reivindicadas quase inteiramente pelo Estado chinês. Os exercícios de cooperação militar está ocorrendo desde 14 de agosto e se estenderão por todo o mês. O presidente das Filipinas, Ferdinand Marcos Jr., foi rápido ao descrever essa operação conjunta como “extremamente importante”.

Esses exercícios militares são compostos principalmente por soldados filipinos, que somam 175, além de dois pelotões de tropas australianas (cerca de 96 soldados) e 150 soldados americanos. Conforme relatado pelo jornal revolucionário Ang Bayan, esses exercícios fazem parte do Indo-Pacific Endeavour (IPE; Empreendimento do Indo-Pacífico) da Austrália, descrito como “uma série de exercícios militares que servem à estratégia do USA de cercar e provocar uma guerra contra a China”.

Mapa do mar do Sul da China. Foto: Nations Online Projects

Tudo começou quando a China bombardeou com água um navio que transportava suprimentos para o posto militar danificado BRP Sierra Madre, localizado no grupo das Ilhas Spratly, nas Filipinas. A China justificou o ataque dizendo que “materiais de construção ilegais usados para realizar reforços em larga escala” estavam sendo transportados em uma área disputada. Desde então, o Estado imperialista ianque interferiu várias vezes e começou a pressionar os navios chineses para que justificassem sua presença por meio de grandes navios e aviões na área.

Como relata Ang Bayan: “Independentemente do perigo que isso traz para os pescadores e cidadãos filipinos, em 21 de agosto, o USA e a Austrália realizaram um ‘ataque aéreo simulado’ nas águas de Palawan usando seus próprios helicópteros e caças a jato”. E acrescentaram que, de acordo com as Forças Armadas das Filipinas (AFP, na sigla em inglês), sob o total controle e direção de exércitos estrangeiros, eles descreveram essas ações como “defesa” da soberania do país.

Desde aquele dia, muitas outras operações foram realizadas. Por exemplo, entre 14 e 19 de agosto, o Pacific Airlift Rally foi realizado sob a direção do USA, com a participação de 14 países. Também em 23 de agosto, a Parceria do Pacífico foi realizada em La Unión, com a qual eles escondem exercícios de operações militares como trabalho de “assistência humanitária e preparação para desastres”.

O jornal Ang Bayan acrescenta: “Junto com os jogos de guerra em camadas que estão sendo lançados a partir dos locais do EDCA” [nota do tradutor do Arauto Vermelho: Enhanced Defense Cooperation Arrangement], as tropas do USA estão fazendo preparativos unilaterais para a guerra dentro do território do país, fora da autoridade do Estado da nação”. Desde 7 de agosto, o maior porta-aviões militar dos EUA está em águas filipinas, com a participação de mais de 13.000 soldados de 33 países. Também desde esse mesmo dia, os militares do USA têm pilotado unilateralmente helicópteros e aviões de combate no Mar do Sul da China, realizando missões sem a assistência das forças filipinas. Em 16 de agosto, o Airborne Early Warning Squadron entrou no Mar das Filipinas junto com fuzileiros navais e forças navais. Desde 22 de agosto, o Mar do Sul da China tem sido patrulhado, incluindo esquadrões que realizam operações de inteligência. Também em 22 de agosto, enquanto as Filipinas conseguiam levar suprimentos para a BRP Sierra Madre após o primeiro ataque, uma aeronave Poseidon dos EUA, um avião de patrulha e vigilância marítima, foi pilotada.

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