PA: Prefeitura em Belém usa PM para reprimir servidores

Mesmo com as justas reivindicações, a prefeitura repudiou a ocupação e se recusou a negociar, dizendo que tomaria todas as medidas cabíveis para reprimir os trabalhadores.

 PA: Prefeitura em Belém usa PM para reprimir servidores

Mesmo com as justas reivindicações, a prefeitura repudiou a ocupação e se recusou a negociar, dizendo que tomaria todas as medidas cabíveis para reprimir os trabalhadores.
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O prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues (Psol), acionou o batalhão de choque da Polícia Militar (PM) para reprimir servidores municipais que ocupavam a Secretaria Municipal de Administração de Belém (Semad) desde o dia 3 de abril. Além disso, o prefeito usou o judiciário para intimidar, multar e reprimir os sindicatos que participam da ocupação. 

Segundo denúncias, os sindicatos serão multados em R$ 5 mil por dia se continuarem com a ocupação. A greve se iniciou por uma luta pelo reajuste salarial, devido ao fato que a maioria deles recebe um salário de R$1.007, um valor que não representa nem 75% do salário mínimo vigente no país (R$1.412). Os professores também reivindicam o vale-alimentação.

Mesmo com as justas reivindicações, a prefeitura repudiou a ocupação e se recusou a negociar, dizendo que tomaria todas as medidas cabíveis para reprimir os trabalhadores.

As ações do atual prefeito vão no sentido oposto do discurso de campanha. Durante a farsa eleitoral, Edmilson prometeu para os trabalhadores de Belém que iria representar seus interesses e que o novo governo municipal do PSOL, seria “mais justo, que iria atender aos interesses dos mais necessitados e diminuir as desigualdades” e que seu triunfo eleitoral foi uma “vitória da democracia”. Porém, a realidade tem sido perseguição e repressão aos trabalhadores. Além do caso recente, trabalhadores da limpeza urbana em 2022 denunciaram uma perseguição por parte da prefeitura e um atraso de três meses no pagamento de seus salários.

O caso refletiu até mesmo nas fileiras do partido oportunista. No dia 7 de abril, a vereadora Silvia Letícia, do Psol, foi suspensa da agremiação após denunciar as medidas do prefeito. A suspensão agravou a crise na sigla: enquanto alguns condenaram a decisão, a organização declarou que as medidas de Silvia abriram espaço para as críticas da “direita” ao Psol, como se o que enfraquecesse a sigla fosse a luta popular, e não as políticas reacionárias e oportunistas da agremiação. São sintomas típicos da agudização da luta de classes e efervescência da luta popular.

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