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No dia de hoje, o Irã respondeu militarmente o Estado sionista de Israel pelo ataque aéreo israelense do dia 1° de abril contra o consulado iraniano na Síria, que assassinou sete integrantes do Corpo da Guarda Revolucionária Iraniana, sendo dois deles generais.
A primeira resposta do Irã ocorreu contra um navio ligado a Israel no estreito de Hormuz. Depois, o Irã lançou três ondas de drones contra o Estado sionista de Israel. Os drones ainda estão a caminho. Mais recentemente, mísseis de cruzeiro foram lançados contra o Estado ocupante. O líder iraniano afirmou que o “malicioso regime sionista será punido”.
O Estado de Israel fechou o espaço aéreo, cancelou atividades escolares e colocou as forças militares em alerta total. O imperialismo norte-americano afirmou que está acompanhando a situação.
Países árabes e empresas imperialistas também reagiram ao ataque. Linhas aéreas da Alemanha e Holanda cessaram os vôos para Irã ou Israel. O Iraque, o Líbano, a Síria e a Jordânia já fecharam o espaço aéreo.
Ontem, um dia antes do ataque iraniano contra o sionismo, Joe Biden já havia afirmado ataque do Irã virá “mais cedo do que tarde”. A declaração de Biden conflui com outra dada pela Casa Branca no dia de hoje, que disse que era “real, crível e viável” as chances de ataques. Dias antes, no início desta semana, relatórios de inteligência dos USA apontava para o mesmo cenário. Por conta disso, os ianques também moveram navios de guerra para defender Israel. Havia, inclusive, a expectativa de ataques dentro das fronteiras sionistas. O general Michael Erik Kurilla, comandante do Comando Central dos EUA, responsável pelas operações militares no Oriente Médio, esteve em Israel na quinta-feira.
Porém, o apoio ianque aos sionistas não fez com que o Irã recuasse. O governo iraniano afirmou ontem, antes do ataque, que “Se o USA tomar o lado de Israel em um possível confronto, as forças norte-americanas na região também serão alvo”.
As forças antiimperialistas árabes de países como o Iêmen e Iraque já haviam afirmado que, em caso de intervenção direta dos ianques, elevariam sua atuação. Um grande levantamento de massas por toda a região certamente está mais próximo a cada dia, o que é mais uma ameaça aos ianques, cujas forças militares e representações diplomáticas certamente poderão ser atacadas no bojo do crescimento da luta em apoio à Palestina. O cenário em que o sionismo e o imperialismo são derrotados na região, portanto, se aproxima mais e mais. Essas são as consequências da Operação Dilúvio de Al-Aqsa de 7 de outubro de 2023.
O AND seguirá acompanhando a situação de hora em hora. Leia abaixo as atualizações.
Irã afirma que ataque ‘conclui resposta a Israel’, 13 de abril, 21h03
Pela rede social X, a missão do Irã na ONU afirmou que o ataque com drones e mísseis contra Israel “conclui” a resposta iraniana contra Israel.
O órgão declarou que o ataque foi feito “com base no Artigo 51 da Carta da ONU relativo à defesa legítima” e que, com ele, “o assunto pode ser considerado concluído”.
“No entanto, se o regime israelense cometer outro erro, a resposta do Irã será consideravelmente mais severa. É um conflito entre o Irão e o regime israelita desonesto, do qual os EUA DEVEM FICAR LONGE”, acrescentou.
Jordânia intercepta mísseis iranianos, 13 de abril, 21h00
Segundo a agência de notícias Reuters, jatos jordanianos derrubaram dezenas de drones iranianos que voavam contra Israel através do Norte e Centro da Jordânia.
Os drones foram derrubados perto da fronteira do Iraque e Síria e no lado jordaniano do Vale do Jordão.
Antes, a agência de notícias iraniana Fars havia informado que uma fonte militar iraniana estava monitorando os movimentos da Jordânia e que “se eles participarem em qualquer ação possível [para apoiar Israel], serão o próximo alvo”
Hezbollah lança dezenas de foguetes contra o território da Síria ocupado por Israel, 13 de abril, 20h57
A força libanesa anti-imperialista, Hezbollah, lançou dezenas de foguetes e mísseis contra um quartel-general sionista no território sírio ocupado das Colinas de Golã.
Mais de 100 drones interceptados fora do território ocupado por Israel, 13 de abril, 20h55
Mais de 100 drones foram interceptados fora do território ocupado por Israel. O Estado sionista contou com ajuda do USA e do Reino Unido.
Antes, sirenes haviam sido tocadas em diversas partes de Israel e interceptações haviam sido feitas sobre o céu de Tel Aviv.
Houthis se juntam a Irã em ataque contra Israel, 13 de abril, 19h38
Segundo a empresa de segurança Ambrey, a força anti-imperialista do Iêmen, os Houthi, se juntaram ao ataque iraniano contra Israel.
“Veículos aéreos não tripulados (UAVs) teriam sido lançados pelos Houthis em direção a Israel. Os UAVs foram lançados em coordenação com o Irã”, afirmou Ambrey, que examinou que os ataques provavelmente foram coordenados para atingir Israel simultaneamente.
“Os portos israelenses são avaliados como alvos potenciais”, acrescentou e alertou sobre “danos colaterais” ao transporte marítimo.
Irã lança mísseis balísticos contra Israel, 13 de abril, 19h36
Segundo uma fonte da agência de notícias estatal iraniana IRNA, um lote de mísseis balísticos foi lançado pelo Irã contra alvos em Israel.
Irã lança mísseis de cruzeiro contra Israel, 13 de abril, 18h59
Segundo o Canal 12 do Estado sionista, o Irã já lançou mísseis de cruzeiro contra Israel. Os mísseis de cruzeiro voam mais rápido que os drones. Até agora, o Irã já lançou três ondas de drones contra Israel.
Antes da informação, o líder do Irã, aiatolá Ali Khamenei, afirmou que o “malicioso regime sionista será punido”.
Estado sionista fecha espaço aéreo, 13 de abril, 18h50
O espaço aéreo sobre a área ocupada pelo Estado sionsita de Israel estará fechado para chegadas e partidas a partir das 22h30 GMT, de acordo com o órgão aeroportuária israelense.
Irã lança drones contra Israel, 13 de abril, 18h45
A empresa estatal iraniana afirmou que a elite da Guarda Revolucionária do Iraniana lançou extensos ataques de drones contra alvos no Estado sionista.
O Corpo da Guarda Revolucionária Iraniana também afirmou que: “Lançamos uma operação utilizando drones e mísseis em resposta ao crime da entidade sionista de atacar o consulado iraniano na Síria” e que “a operação foi realizada com dezenas de mísseis e drones para atingir alvos específicos nos territórios ocupados”.
O USA também se pronunciou e afirmou que o presidente imperialista Joseph Biden está sendo atualizando sobre a situação e está em contato com Israel. Segundo o Conselho de Segurança Nacional do USA, o ataque a Israel se estenderá por várias horas.
A porta-voz do CSN, Adrienne Watson, disse que “é provável que este ataque se desenvolva ao longo de algumas horas”. Ela também afirmou que Biden reafirmou o apoio a Israel.
Já o Estado sionista afirmou que está monitorando os ataques. O porta-voz do Exército de ocupação declarou que “esta é uma escalada grave e perigosa. As nossas capacidades defensivas e ofensivas estão no mais alto nível de prontidão antes deste ataque em grande escala do Irã”.
Países árabes anunciam fechamento do espaço aéreo, 13 de abril, 18h42
Diversos países árabes anunciaram o fechamento de seus espaços aéreos. O Líbano, o Iraque e a Jordânia deram pronunciamentos até agora.
A Jordânia anunciou que fechará o espaço aéreo a partir das 23h horas locais. O país relatou interferência nos sistemas GPS. O Iraque, Kuwait, Síria e o Líbano também relataram perturbações similares.
A notícia ocorre em meio ao cenário de crescente tensão após um confisco de uma embarcação israelense pelo Irã, que ocorreu como uma resposta do país árabe ao ataque israelense no consulado iraniano na Síria que deixou 7 mortos.
Israel põe forças em “alerta total” e cancela viagens escolares, 13 de abril, 18h39
O Estado sionista de Israel afirmou que colocou as forças armadas em alerta total devido a possível retaliação do Irã contra um ataque áereo israelense ao consulado iraniano em Damasco, na Síria. Segundo o comunicado do porta-voz do Exército sionista, dezenas de aviões de combate estavam no ar como parte do estado de prontidão.
Israel também cancelou todas as viagens escolares e atividades juvenis planejadas para os próximos dias. Os jogos de futebol do país também serão realizados sem espectadores.
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, também afirmou que o Estado sionista está “monitorando de perto um ataque planejado” contra Israel.
Antes do anúncio, um conselheiro do líder iraniano havia afirmado que ““Já faz uma semana que os sionistas estão em completo pânico e em alerta”, disse Yahya Rahim Safavi, citado pela agência de notícias ISNA. “Eles não sabem o que o Irã quer fazer, por isso eles e os seus apoiadores estão aterrorizados”, completou.
Os novos desdobramentos são parte das tensões crescentes depois do confisco de um navio ligado a Israel pela Guarda Revolucionária Iraniana.
Países e empresas imperialistas reagem a tensões no Oriente Médio, 13 de abril, 18h35
Países e empresas imperialistas tem reagido às tensões crescentes no Oriente Médio.
Em tom intervencionista, o USA tomou parte ao lado de Israel e pediu que o Irã liberte o navio apreendido “imediatamente”. “Pedimos ao Irão que liberte imediatamente o navio e a sua tripulação internacional”, disse a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Adrienne Watson.
A ministra das Relações Exteriores do Canadá, Melanie Joly, orientou os canadenses a não viajarem para Israel, Gaza e à Cisjordânia.
“Com um risco aumentado de ataques em território israelita, a situação de segurança regional permanece altamente volátil e pode agravar-se sem aviso prévio”, disse Joly no X na noite de sexta-feira, ainda antes do ataque de hoje do Irã contra Israel.
A empresa aérea holandesa KLM afirmou que não voará mais para Israel ou para o Irã. Já a transportadora alemã Lufthansa afirmou que prolongou a suspensão de voos entre Frankfurt e Teerã até quinta-feira.
Tensões crescem na fronteira Israel-Líbano, 13 de abril, 18h32
Horas depois do confisco de um navio israelense pelo Irã como resposta ao ataque de Israel à embaixada iraniana na Síria, as tensões cresceram também na fronteira entre Israel e Líbano.
A Embaixada ianque (USA) no Líbano alertou os cidadãos norte-americanos no país árabe a evitarem as regiões de fronteiras com Israel e Síria devido ao aumento das tensões.
Os militares sionistas afirmaram que um reservista membro da equipe de “defesa” do assentamento ilegal (kibutz) Hanita foi gravemente ferido em um “ataque explosivo de VAT [veículo aéreo não tripulado]”.
Mais cedo, um correspondente local do Al Jazeera informou sobre as tensões na região:
“O Hezbollah assumiu a responsabilidade pelo lançamento de um drone carregado de explosivos contra as comunidades do norte de Israel. Isto acontece poucas horas depois de o Hezbollah ter lançado dezenas de mísseis contra as Colinas de Golã ocupadas”, afirmou Ali Hasem.
Irã afirma que Israel está em ‘pânico’ há uma semana, 13 de abril, 18h29
Yahya Rahim Safavi, conselheiro do líder do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, afirmou que, antes do ataque de hoje, Israel já estava “em completo pânico”.
“Já faz uma semana que os sionistas estão em completo pânico e em alerta”, disse Yahya Rahim Safavi, citado pela agência de notícias ISNA. “Eles não sabem o que o Irã quer fazer, por isso eles e os seus apoiadores estão aterrorizados”, completou.
“Esta guerra psicológica, mediática e política é mais assustadora para eles do que a guerra em si, porque esperam por um ataque todas as noites e muitos deles fugiram e foram para abrigos”, disse Safavi.
Exército israelense afirma que ataque do Irã terá consequências, 13 de abril, 18h25
O porta-voz do Exército sionista, Daniel Hagari, afirmou que “Iran sofrerá as consequências por escolher escalar a situação”. Ele também disse que “Israel está em estado de alto alerta”.
O ataque iraniano contra uma embarcação ligada a Israel ocorreu após a escalada por parte de Israel na guerra. No dia 1° de abril, Israel assassinou sete membros da Guarda Revolucionária Iraniana, dentre eles dois generais, em uma ataque contra a embaixada iraniana na Síria.
Irã reivindica confisco de navio ligado a Israel no estreito de Hormuz, 13 de abril, 18h20
A imprensa estatal iraniana afirmou na manhã de hoje que a Guarda Revolucionária Iraniana confiscou um navio de carga da empresa israelense Eyal Ofer no Estreito de Hormuz.
O nome do navio era Zodíaco Marítimo. De acordo com informações do grupo ítalo-suíço MSC, 25 pessoas estavam a bordo do porta-contêineres.
Essa foi a primeira resposta do Irã ao ataque israelense na embaixada iraniana na Síria no dia 1° de abril.
