No dia 18 de novembro, familiares e amigos do jovem de 18 anos Andrew Calleb Lobato realizaram uma manifestação na Zona Norte de Manaus exigindo respostas imediatas após o desaparecimento do jovem durante operação da Polícia Militar do Amazonas.
Segundo a família, Andrew teria sido visto pela última vez quando jogava bola com os amigos após a saída da escola. A partida de futebol foi interrompida bruscamente por uma operação policial, anunciada pelos disparos desenfreados de policiais militares que chegaram na região.
Os jovens, em busca de refúgio, correram para uma zona de mata no bairro Cidade Nova e Andrew, que foi o último a entrar, não foi mais visto desde então. As testemunhas relatam que os policiais militares também chegaram a entrar na mata após os garotos e teriam passado cerca de duas horas no local.
Segundo os parentes, Andrew conhecia a área e não teria como ter se perdido ali, pois era bem próximo da sua escola. O pai do rapaz afirma ainda que quando entrou na mata para procurar seu filho, encontrou um projétil de arma de fogo. A família reitera a inocência do jovem e afirma que ele nunca teve envolvimento com nenhuma atividade ilícita.
Até o momento do fechamento dessa matéria, a PM-AM não se manifestou sobre o caso e foi aberto um Boletim de Ocorrência descrevendo apenas o desaparecimento de Andrew, porém a família relata que nada tem sido feito pela instituição para compreender o que houve com seu filho.
Os familiares seguem em busca de respostas e disponibilizaram o telefone (92) 99169-0312 para quem quer que tenha informações sobre o caso.
Vítimas diferentes, casos semelhantes
Em meio a alta de violência policial no estado do Amazonas, o caso de Andrew lembra bastante o caso do jovem universitário Marco Aurélio, que foi brutalmente assassinado há poucos meses durante uma operação da Polícia Militar do Amazonas.
A completa omissão da instituição policial e do governador do estado Wilson Lima (União) revelam, cada vez mais, o caráter da polícia militar enquanto força de repressão do velho Estado, destinada a promover a guerra contra os pobres.