No dia 10 de novembro, no município de Barra do Corda (MA), um grupo de pistoleiros contratados pelo latifúndio foi surpreendidos em uma emboscada durante tentativa de despejo ilegal no povoado Carrasco. A emboscada e as investigações que a sucederam revelaram que dez policiais pagos por um latifundiário compunham o grupo. Um PM foi morto em decorrência da emboscada e acabou carbonizado.
O grupo de policiais estava a caminho da ação de despejo ilegal contra o povoado, à paisana em três caminhonetes, quando foram cercados de tiros. No curso da emboscada, um veículo foi incendiado e o sargento da PM identificado como Almir, morreu na caminhonete. Sete dos policiais eram do município de Balsas, um era de Barra do Corda e um era policial penal. Todos foram autuados por formação de grupos paramilitares (“milícias”) e estão presos.
Segundo as investigações, os policiais estavam envolvidos em um grande esquema de grilagem, que envolve grileiros de outros estados e é articulado pelo latifundiário foragido Evangelista.
O flagrante revela uma grave situação do País, apesar de recorrente: o vínculo umbilical de policiais militares e grupos paramilitares que atuam no campo na forma de bandos pistoleiros a serviço de latifundiários, responsáveis por reprimir na forma de despejo, torturas e execuções as massas em luta pela terra.