Nos 6 meses do Dilúvio de Al-Aqsa, Israel retira tropas do Sul de Gaza

As Brigadas Al-Qassam, organização militar do Hamas, afirmaram que a saída das tropas sionistas foi uma consequência da atuação firme da Resistência Nacional. 

Nos 6 meses do Dilúvio de Al-Aqsa, Israel retira tropas do Sul de Gaza

As Brigadas Al-Qassam, organização militar do Hamas, afirmaram que a saída das tropas sionistas foi uma consequência da atuação firme da Resistência Nacional. 
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Ao mesmo tempo em que a operação militar patriótica palestina intitulada Dilúvio de Al-Aqsa completava seu 7° mês, no dia 7 de abril, o Estado sionista de Israel anunciou a retirada das tropas da parte Sul da Faixa de Gaza. Com exceção de uma brigada, todos os militares invasores abandonaram a região. 

“Hoje, domingo, 7 de abril, a 98ª divisão de comando das FDI concluiu sua missão em Khan Younis. A divisão deixou a Faixa de Gaza para se recuperar e preparar-se para futuras operações”, disse o exército sionista em um comunicado no domingo.

Vitória militar

O anúncio coroa uma nova vitória militar da Resistência Nacional Palestina. O Estado sionista de Israel promete que a saída é temporária, e alguns analistas apontam que pode ser uma preparação para a invasão a Rafah, mas não há nenhum sinal concreto de que a nova ofensiva tomará parte. Ademais, a saída das tropas sionistas de Gaza oferece condições de recuperação muito menores aos militares sionistas do que aos guerrilheiros palestinos, que podem reorganizar-se no terreno e redistribuir equipamentos e bens de forma facilitada pelo conhecimento do terreno e meios como os túneis subterrâneos. 

As Brigadas Al-Qassam, organização militar do Hamas, afirmaram que a saída das tropas sionistas foi uma consequência da atuação firme da Resistência Nacional. 

“A ocupação entrou na maior parte das áreas da Faixa de Gaza, destruindo-as completamente, vangloriando-se de ter conseguido desmantelar as brigadas do Hamas. Cada vez que a ocupação voltava a áreas onde presumia não encontrar resistência, era surpreendida por uma resistência feroz e qualitativa. A ocupação foi forçada a encerrar as suas operações antes mesmo de atingir os seus objetivos, com exemplos incluindo Al-Jawazat, Al-Shifa e Khan Yunis”, afirmou a organização. 

Estado de Israel cercado

A vitória militar tem ainda mais peso se considerada em todo o conjunto da situação militar no Oriente Médio. Além de sangrar na Palestina, o Estado sionista segue a sofrer derrotas significativas em suas fronteiras Norte, onde trava batalhas com o movimento anti-imperialista Hezbollah. 

Também há a tensão constante de que Israel sofra um ataque potente do Irã, como forma de retaliação pelo ataque sionista realizado na Embaixada Iraniana na Síria. O Estado sionista chegou a declarar toque de recolher na semana passada pelo pavor da resposta. 

Sionistas reconhecem derrota

Nos monopólios de comunicação sionistas, todos reconhecem a derrota. O jornalista israelense Amos Harel afirmou no Haaretz que as “metas não foram alcançadas” em Khan Younis. O analista Nadav Eyal, do Yedioth Ahronoth, declarou que Israel “perdeu a guerra”. “Não só [Israel] perdeu apoio na maior parte do Ocidente, como está muito próximo de um embargo de armas por parte da Europa”, afirmou. 

De fato, Israel está derrotado. Além das derrotas militares, crescem as derrotas políticas. Na semana passada, a autointitulada Organização das Nações Unidas (ONU) declarou como urgente a proibição de envio de armas a Israel. O Estados Unidos (USA), principal financiador de Israel, tem se oposto ao regime de Netanyahu em questões centrais, como a invasão a Rafah ou o combate a países inimigos de Israel. Com medo da regionalização do conflito por todo o Oriente Médio, o USA já declarou que a invasão não deve ocorrer e, na semana passada, o governo ianque declarou que não há solução militar para a questão dos Houthi, no Iêmen, e que o assunto deve ser lidado diplomaticamente. 

Resistência forte 

Ao mesmo tempo, não há sinais de enfraquecimento da Resistência Nacional ou da luta pró-palestina. Por todo o mundo, seguem os protestos de apoio ao povo palestino. No Oriente Médio, países aliados a Palestina reforçam os ataques a Israel e seu compromisso na guerra, enquanto outros países árabes lacaios do USA revêem os acordos e aproximações com o Estado sionista. 

Seis meses depois do início, o Dilúvio de Al-Aqsa segue a conquistar vitórias. A Palestina, o Estado de Israel, o Oriente Médio e o mundo de hoje são quase irreconhecíveis se comparados com os de antes do dia 7 de outubro. O genocídio existente há 48 anos é agora confrontado com uma guerra de libertação nacional palestina sem precedentes. O Estado de Israel está derrotado. O Oriente Médio está novamente em chamas, com os interesses ianques na região acossados dia após dia. E todo o mundo presta atenção e se mobiliza em torno e a favor da causa Palestina. 

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