No dia 24 de janeiro, um homem sofreu uma cotovelada de um policial militar enquanto estava numa fila de padaria. Para justificar a covarde agressão, o agente de repressão declarou que o homem estava furando fila, o que é negado pelos presentes. A agressão foi cometida pelo PM identificado como Richardson Igan de Monteiro de Paula Bento contra Kelvyn Alexsander Barbosa Nunes, 27 anos. Kelvyn ficou com fraturas nos ossos do nariz e bochecha e está internado desde o ocorrido com dificuldades para falar. O rapaz agredido deve ser submetido a uma cirurgia.
Kelvyn estava com a esposa e sua filha, uma criança de colo, na padaria entregando roupas de doação a atendente do estabelecimento quando, por supor que Kelvyn tinha furado a fila, o PM desfere covardemente o golpe no rosto do jovem. Após o ocorrido foi necessário levá-lo para a Santa Casa, onde ficou internado. O PM após o ocorrido simplesmente deixou o local.
O PM atua no 41° Batalhão da cidade de Jacareí e, segundo nota da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), o PM foi afastado. Porém, os moradores denunciam que a punição é somente paliativa e não resolve o problema crônico da violência desmedida da corporação contra o povo trabalhador.
O crime de lesão corporal com o agravamento de deformidade permanente é previsto pelo Código Penal com uma pena de reclusão de 2 a 8 anos para a população civil. Porém, quando é um PM o agente do crime, o que se vê é apenas um afastamento enquanto se aguarda o longo inquérito policial que, se finalizado, recai como pena branda àqueles que pertencem a corporação.