No último dia 15 de setembro, Sanjoy Deepak Rao foi preso junto de sua companheira Muruvupalli Raji na cidade de Hyderabad. O monopólio de imprensa indiano afirma que se trata da captura de um quadro do Comitê Central do Partido Comunista da Índia (PCI) (Maoista), mas a acusação ainda não confirmada. A prisão ocorre em meio à crescente repressão do velho Estado indiano e o governo fascista de Narendra Modi contra os revolucionários e massas em luta.
O suposto quadro maoista foi preso através da reacionária Lei de Prevenção à Atividades Ilegais (LPAI), lei amplamente usada contra o povo em luta no país. Não há provas que fundamentam o vínculo de Sanjoy Deepak Rao aos maoistas. A LPAI é extensivamente usada pelo velho Estado indiano para criminalizar e aprisionar dirigentes revolucionários do país. O próprio inspetor de polícia reacionário D. Venkatesh declarou, na prisão de Sanjoy, que eles já encarceraram outras 23 pessoas com a lei, dentre elas os dirigentes maoistas Ganpathy e Ajith.
A prisão de Sanjoy se insere num contexto de intensa criminalização da luta popular no país. No dia 20 de setembro, dias após a prisão de Sanjoy Deepak Rao, o governo indiano colocou na ilegalidade 64 organizações do país sob alegação de vínculos com o PCI (Maoista).
Das organizações banidas, em sua maioria organizações democráticas contrárias às grandes mineradoras que atuam no país, algumas possuíam até mesmo divergências ideológicas com os maoistas, mas foram acusadas de possuir “vínculos” com os revolucionários pelo objetivo central do velho Estado indiano de atingir e criminalizar a Revolução Indiana em curso.