Tarcísio de Freitas justifica torturas e crimes da PM em operação na Baixada

Na tentativa de ganhar o espólio eleitoral de Bolsonaro, inelegível, o governador Tarcísio tem se esforçado. Hoje, ele respondeu críticas à PM, que já vitimou 63 pessoas na Baixada Santista: “Pode ir para a ONU, para a Liga da Justiça, no raio que o parta, eu não tô nem aí”.

Tarcísio de Freitas justifica torturas e crimes da PM em operação na Baixada

Na tentativa de ganhar o espólio eleitoral de Bolsonaro, inelegível, o governador Tarcísio tem se esforçado. Hoje, ele respondeu críticas à PM, que já vitimou 63 pessoas na Baixada Santista: “Pode ir para a ONU, para a Liga da Justiça, no raio que o parta, eu não tô nem aí”.
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Na tentativa de ganhar o espólio eleitoral de Bolsonaro, inelegível, o governador paulista Tarcísio de Freitas tem se esforçado. Hoje, disse que não está “nem aí” para as críticas quanto à conduta da Polícia Militar na operação Escudo, na Baixada Santista, que já vitimou oficialmente 63 pessoas. “Pode ir para a ONU, para a Liga da Justiça, no raio que o parta, eu não tô nem aí”. 

Enquanto isso, a Operação “Escudo” na Baixada tem acumulado denúncias de violação dos direitos civilizatórios básicos, consagrados há mais de 200 anos. Torturas, execuções sumárias ao arbítrio do policial que manda ao diabo a presunção de inocência e todas as garantias constitucionais: é disso que se trata.

“Meu filho apanhou muito, gritou pedindo socorro. Depois de torturarem dentro do barraco, amarraram ele num lençol, jogaram numa viela e caíram de pau em cima, mesmo com ele já morto. Aquelas pestes falam que ele trocou tiro com a polícia. Eu quero a filmadora, eu tenho direito de ver a filmadora”, diz uma moradora entrevistada pelo monopólio de imprensa O Globo.

O “Relatório de Monitoramento de Violação de Direitos Humanos na Baixada Santista durante a segunda fase da Operação Escudo”, produzido por várias entidades, demonstra a generalização de casos como esse.

Mas, Tarcísio parece ter uma boa razão para justificar esses crimes, alguns dos quais são ilegais até mesmo na guerra: “Parece que a gente quer que o Brasil vire um narcoestado, a gente vê cada bobagem que é falada. ‘A polícia não está fazendo investimento no policiamento ostensivo’. Conversa!”, disse ele. Mas o governador chegou tarde: o Brasil já é um narcoestado, como o confirma a situação calamitosa em Roraima, onde um conglomerado de interesses criminosos e ligados a grandes traficantes – quase sempre, ligados ao agronegócio e à atividade da grande mineração ilegal – controla o território, a despeito e até com complacência das Forças Armadas reacionárias. Detalhe: isso ocorre enquanto aumenta a matança generalizada de pobres nas favelas das grandes cidades.

Tarcísio e outros são uma boa caricatura da direita ultrarreacionária que defende a “democracia”: dizem sim às eleições, à preservação da ordem constitucional; mas garantia às liberdades democráticas e os direitos civilizatórios mínimos, não, aí já é demais.

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
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