Jaílson de Souza
Está se desenhando, a olhos vistos, a maior falcatrua jurídica da história recente e, sem dúvidas, o mais escandaloso caso de acobertamento de um assassinato político, de uma então vereadora, em plena intervenção militar. Se alguém quer uma prova maior de que não existe justiça para o povo nesse sistema e de que a velha democracia está morta, aqui está a maior de todas.
Bolsonaro e Élcio de Queiroz, envolvidos no caso Marielle
Esse acontecimento é reflexo de uma profunda crise do sistema imperialista e que essa crise chegou, uma vez mais, às raias da eliminação física dos contendentes à presidência, como não se via desde os tempos da "Guerra Fria"
Apenas a Revolução de Nova Democracia, dirigida pelo proletariado, pode transformar em realidade a democratização do acesso à terra a quem nela vive e trabalha, a libertação da Nação das garras do imperialismo, seu desenvolvimento econômico e tecnológico industrial autocentrado e autossustentado e a emancipação das massas trabalhadoras da cidade e do campo para completa conformação da Nação brasileira, o Brasil Novo da República Popular
Como recentemente afirmou a Federação Árabe Palestina do Brasil (FEPAL), a humanidade progressista deve parar o sionismo como parou Hitler: “pelas armas”.
Nada há de concreto, na investigação sobre o caso Marielle. Além do que é totalmente incongruente pensar que os irmãos Brazão – insuspeitos de serem gente honesta – ordenariam a execução de uma parlamentar, em 2018, no meio de uma intervenção militar no estado do Rio de Janeiro, por uma questão meramente econômica, pondo em elevado risco todo o império construído. Nada bate.
Será que Tomás Ribeiro Paiva e seus pares “legalistas” considerariam absurda a hipótese de desfechar um golpe militar agora se as massas estivessem em sublevação e se tivesse anuência do Departamento de Estado norte-americano?
É óbvio que a grande advertência de Freire Gomes a Bolsonaro foi inócua: apesar dela, toda a articulação golpista ocorreu sob seus olhos, impotente, e só não resultaram em um golpe de Estado porque não teria apoio dos Estados Unidos.
Marielle foi vítima da velha democracia que, incapaz de aplacar o golpismo que germina desde suas entranhas, produziu o próprio bolsonarismo e amamentou a extrema-direita com décadas de apaziguamento e conciliação.