RJ: Manifestação exige fim de processo contra mototaxista acusado injustamente (veja o vídeo)

No 20/03, uma manifestação exigiu o fim do processo contra Diego Felipe, mototaxista e maqueiro do Hospital de UFRJ. Ele é acusado pela PM de transportar um fuzil desmontado, que estava com um passageiro transportado pelo trabalhador.

RJ: Manifestação exige fim de processo contra mototaxista acusado injustamente (veja o vídeo)

No 20/03, uma manifestação exigiu o fim do processo contra Diego Felipe, mototaxista e maqueiro do Hospital de UFRJ. Ele é acusado pela PM de transportar um fuzil desmontado, que estava com um passageiro transportado pelo trabalhador.

Na tarde do dia 20 de março, uma manifestação aconteceu no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ). Nesse dia seria realizado o julgamento em primeira instância de Diego Felipe, mototaxista e maqueiro do Hospital Universitário de UFRJ, preso injustamente em julho de 2023 pela PM sob a falsa acusação de transportar um fuzil desmontado, que estava com um passageiro transportado por Diego.

Leia também: RJ: Familiares exigem liberdade para Diego, mototaxista preso injustamente

Na ocasião, o trabalhador ficou dois meses encarcerado em um presídio no município de São Gonçalo e atualmente se encontra em liberdade provisória. Os colegas e familiares de Diego exigem o fim do julgamento contra o mototaxista e denunciando a criminalização do povo preto, pobre e periférico promovida pelo velho Estado. 

A manifestação teve início ao meio-dia e contou com a presença de amigos e familiares de Diego, bem como de organizações democráticas como o Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos (Cebraspo). Na ocasião, os manifestantes ergueram cartazes e ecoaram frases como Justiça para Diego, Mototáxi não é bandido, mexeu com ele mexeu comigo Trabalhador não é bandido, foi a PM que matou o Amarildo.

Durante as intervenções, os familiares denunciaram o caráter racista das polícias nas constantes prisões e operações arbitrárias contra os trabalhadores moradores de favela, apontando que o caso de Diego não é uma exceção, e sim uma regra em um país onde 44,5% dos presos ainda não foram julgados, segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2022.  

Os manifestantes denunciaram também os dois pesos e duas medidas utilizados pela justiça do velho Estado. Enquanto processa, prende e criminaliza milhares de trabalhadores inocentes, absolve e deixa em liberdade os policiais militares que matam o povo nas favelas, como ocorreu recentemente com a absolvição dos policiais que assassinaram a trabalhadora Cláudia Ferreira. 

O julgamento do caso de Diego foi adiado para o dia 1 de abril às 14h em decorrência do não comparecimento dos policiais que fazem parte da acusação. A família convida a todos para participarem de outro ato que ocorrerá neste dia às 12h em frente ao Tribunal de Justiça.

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