Jair Bolsonaro

Visita de Bolsonaro à embaixada da Hungria revela articulação internacional da extrema-direita

O ex-presidente Jair Bolsonaro passou duas noites na sede diplomática da Hungria, em uma aparente solicitação de asilo político. Isso ocorreu quatro dias após Jair Bolsonaro ser obrigado a entregar o seu passaporte, durante a Operação Tempus Veritatis.
Segundo as informações que foram vazadas à imprensa, Ronnie Lessa entregou o nome de quem o contratou e o contexto dos encontros que teve antes e depois do crime.
Jornalista revela que Freire Gomes já discutiu prisão de Alexandre de Moraes junto à outros comandantes das Forças Armadas.
É óbvio que a grande advertência de Freire Gomes a Bolsonaro foi inócua: apesar dela, toda a articulação golpista ocorreu sob seus olhos, impotente, e só não resultaram em um golpe de Estado porque não teria apoio dos Estados Unidos.
Os novos acréscimos são um sinal de que, além de buscarem blindagem jurídica no geral, determinados setores buscam, em particular, continuarem associados a Bolsonaro com a certeza de que não serão afetados. 
Com a afirmação, Theophilo se junta a Mauro Cid na lista dos militares que entregaram consortes para salvar a própria pele. A revelação também vai contra o que havia pregado até aqui. Gomes tem insistido que não participou da articulação golpista e que jogou contra o movimento. 
Para “virar a mesa”, os generais do Alto Comando terão de pagar muito mais caro do que pagariam, por exemplo, em 2017. Não há dúvida de que a situação para a luta popular e revolucionária se tornou ainda mais favorável.
Cobertura dos principais jornais do país da manifestação bolsonarista ignoram papel golpista das Forças Armadas. Todas as análises divulgadas culminam, no fim das contas, em passar pano para as Forças Armadas - golpistas desde sempre.
Os preparativos só não resultaram em ação efetiva porque o imperialismo ianque não aceitou a iniciativa agora; e foi só por isso a cúpula militar se dividiu. E o motivo da recusa ianque, o próprio Bolsonaro disse, em sua reunião ministerial: “Se a gente reagir depois das eleições, vai ter um caos no Brasil, vai virar uma grande guerrilha!”. É o medo da Revolução.
O aceno de Lula à esquerda na política exterior – tímido, inclusive, pois em seus pronunciamentos sempre reconhece o direito de Israel em se defender contra o “terrorismo do Hamas” – busca encobrir sua entrega total, no plano interno, ao latifúndio, grande burguesia local e ao imperialismo.